01/07/11

julho - histórias recebidas


Quem gosta de cobras? Se não gosta, é porque ainda não conhece a Samanta. Nunca, em toda a selva, se viu bicho mais querido e disposto a ajudar.

A ajudar?! Mas afinal para que serve uma cobra?

Bem: podes saltar à corda com ela; fazer quebra-cabeças; enrolá-la no braço como uma pulseira; serve para afastar os indesejáveis; e pode ser uma amiga, que se enrosca a ti quando estás triste.

Acredita, a Samanta é uma amiga fabulosa.
Rita Vilela, 46 anos, Paço d'Arcos 

Estava ansiosa por chegar a casa e contar a novidade do que me acontecera na escola. Corri com um enorme sorriso na cara. Assim que cheguei, encontrei a minha mãe sentada à mesa. Dei-lhe dois doces beijinhos, sentei-me a seu lado, respirei fundo e comecei a falar:

- Sabes mãe, hoje aconteceu-me uma coisa fantástica!            O meu melhor amigo pediu-me em namoro e eu aceitei!

Assim que acabei, um sorriso surgiu desenhado nos lábios da minha mãe! 
Ana Jesus, 16 anos, Seixal e ando na Escola Secundária Dr. José Afonso


A mãe, sempre que saía com os seus bebés, munia-se de todos os apetrechos que ele pudessem precisar: fraldas, roupinhas, toalhetes, repelente, babetes, casacos, chapéus...
O pai, cansado de carregar o malote, atrevia-se: “Agora que deixaram as fraldas, talvez não precisemos do malote...” – “Não, não. Podem sujar as mãos, ou ter sede... E se lhes morde um bicho?” – insistia a mãe. Olhava os filhos, já rapazes e espreitava para dentro do malote à procura dos seus bebés...
Marta Pereira, Sintra e tenho 33 anos.

A minha Mãe. A minha Mãe é a pessoa mais espectacular do mundo, é magnífica! Ela é linda, e não estou só a falar fisicamente. Tenho que te agradecer, Mãe, por tudo o que tens feito por mim, pelo mano. Apenas um simples «obrigada» não chega, tenho a perfeita noção disso. Peço desculpa por todos os erros que já cometi. Perdoa-me se alguma vez te magoei a sério. EU AMO-TE MUITO MELHOR MÃE DO MUNDO!
Débora Espadaneira

Os ponteiros, de um relógio de sala, saíram do mostrador, aproveitando a escuridão da noite. Perderam-se pela cidade gozando a liberdade, tão desejada.
De elegantes cartolas triangulares, caminharam lado a lado pelas ruas estreitas e pelas movimentadas avenidas, espreguiçaram os olhos nos miradouros, penduraram-se nos eléctricos, sentaram-se nas esplanadas e cansados adormeceram num banco de jardim.
Pela manhã, acordaram surpreendidos… estavam estranhamente presos um ao outro, no cimo de um telhado. Alguém os tinha transformado… num cata-vento!
Maria João Amante – Tenho 57 anos e vivo no Sobralinho.

Pela mão do pai, a Inês viu pela primeira vez o irmão.
Não quero o mano!
Anda cá à mãe. Já viste como ele é pequenino? Sabes que ele precisa muito de ti, querida? A mãe não consegue cuidar do mano sozinha. Achas que me podes ajudar?
Olhou para o irmão, tão minúsculo.
E os meus miminhos, mãe?
Os miminhos do mano estão agora a nascer. Tu terás sempre os teus. Os do mano são outros, amor.
Ana Mafalda Catita Lamas. Tenho 41 anos. Sou mãe da Inês e do Miguel, e madrasta da Ana e do João.

Maria apaixonou-se por António, que vivia apaixonado pelos barcos que construía.
Aproximaram-se e ele fez-lhe um barco.
O barco, castanho, lindíssimo, evitava graciosamente os obstáculos que pareciam grandes sabonetes na água, no meio da espuma.
O riso de ambos ouvia-se muito para além do barco.
Quando os chamou para lancharem a mãe dela riu-se imenso ao ver a filha de 4 anos na banheira com o amiguinho do jardim-escola, a brincarem com um barco de cortiça.
João Paulo Chora, Cascais, 52 anos

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