04/04/13

Até que enfim... ou talvez não


Hoje seria o dia. Até que enfim chegara! O rodopio, as fitas, as cores e tudo o mais que a mãe a ensinara a fazer, estava no seu lugar. E, subitamente, o som do sino repicou. Ele estaria aí a chegar. Que seria desta vez? A porta abre-se. O tanto querer algo, que nem sabia o quê, esfuma-se: afinal, era só um ovo de Páscoa… todo o sonho se havia relegado para uma boca suja de chocolate.

Carolina Cordeiro, 34 anos, Ponta Delgada, Açores

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