Com
roupa ou sem roupa terei de trabalhar,
Apenas para isso me procuram e me querem.
Apenas para isso me procuram e me querem.
Hoje,
visto este colete rasgado e estas calças velhas,
A
boina que a minha mãe me fez,
Mas,
estou quase despido de alma.
Vou
andando para o trabalho,
Tentando-me
esconder, no entanto,
Marco o caminho no chão
Deslizo neste manto.
Marco o caminho no chão
Deslizo neste manto.
Vou
morrer, já sei,
Resta-me
escolher a forma de o fazer.
Morrerei
a criticar o prazer
Daquele
que se designa “Rei”.
Jorge Gaspar, 17 anos,
Regueira de Pontes, professora Helena Frontini
(a
propósito de “O Memorial do Convento”, de José Saramago)
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