Se ele traz, também pode levar.
Bom que era: as sobras do que dói irem para terras
do outro lado do olhar, onde o sentir não vê a sua cor.
Assim, pus todos num saco – os dias meus –,
atei e lancei ao mar os cacos do tempo; talvez dessem para um outro tolo
os usar e com eles dançar.
Bau Pires,
50 anos, Porto
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