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Fevereiro, 1892, fez-me recordar-te, Zé.
Tinhas sal
no sangue, foste nascido no mar.
Recebido,
condecorado, louvado, escutado pelo Rei no reino.
Falaste a
tua língua vernácula, entenderam-te. Puseste a nossa terra nos corações.
O mar era
para ti um amigo que te dava o sustento, mas contra ele tiveste de lutar para
arrancar às suas garras tenebrosas, imensos dos teus camaradas.
Se nessa
data da tragédia foras vivo, menos gente teria morrido. Desculpa terem-te
esquecido, Zé.
Cândido Pinheiro, 73 anos, Póvoa do Varzim
história sem desafio
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