31/05/16
O desfile
Antes do prólogo do desfile começar, o palanqueiro já deplorava
aqueles plantígrados que devem andar em saltos
altos numa plataforma desigual
e nos tons prevalecentes do prelúdio de Bach. Uma pilha de pulverizadores serviu como cenário, e atrapalhavam-se
os convidados malparados. O
estilista Ralph, e também livre-pensador,
recusou uma passarela clássica. A sua colecção resplandecerá sem o resplendor dum ambiente de luxo plenário.
Então, não esquisito, entre os convidados encontravam-se algumas limpadeiras da sala e suas proles.
Theo
De Bakkere, 63 anos, Antuérpia, Bélgica
Mais
textos aqui: http://blog.seniorennet.be/ lisboa/
P 765 – 31 Maio 2016
Mágica
Pensando em usar poderes ocultos na sala de aula – levantar a sobrancelha e todos sentarem, levantar os braços, como o maestro, e emudecerem. A palavra “atenção” faria com que aprendessem imediatamente a lição passada em seguida. “Escrevam” teria o poder de transformar alunos em escritores.
E, se levantasse a sobrancelhas, levantasse os braços, dissesse
“escrevam” e mostrasse com os dedos o número “sete” por duas vezes, as
redações apareceriam automaticamente perfeitas e em setenta e sete
palavras.
Celina Silva Pereira, 65 anos, Brasília, DF
Desafio Escritiva nº 6 – poderes mágicos no corpo
O julgamento
O réu não dissera uma palavra até aí, ouvindo o que o juiz estava a proclamar com ar profissional. O advogado
de defesa, o meu opositor, tentava atrapalhar o discurso, fingindo-se prestável.
Mas eu bem sabia o que ele andava a planear. Via a grossa veia da sua têmpora a pulsar vigorosamente enquanto este observava o seu campo de batalha predileto.
Contudo, não é fácil explicar que ali muitos pensamentos traiçoeiros proliferavam entre os meus ingénuos colegas.
Mas eu bem sabia o que ele andava a planear. Via a grossa veia da sua têmpora a pulsar vigorosamente enquanto este observava o seu campo de batalha predileto.
Contudo, não é fácil explicar que ali muitos pensamentos traiçoeiros proliferavam entre os meus ingénuos colegas.
Inês Leitão, 12 anos, Porto
Desafio nº 107 - 10 palavras com PLR
Fada ou bruxa?
Com o nome inspirado em um conto de fadas, Rapunzel,
preliminarmente, parecia uma garota comum. O olhar
lânguido, jamais denunciaria o que planejara, seu
advogado acusara um larápio qualquer do acontecido, mas
ao preâmbulo do processo um testemunho afirmara que o
relicário roubado portava um diamante gigante e as digitais dela. Não haveria parcialidade. Plagiar o
mesmo era impossível. Não adiantaria replicar. Nem tão
pouco limpar marcas.
Nada, nem qualquer palavra a salvaria! Nem
suas longas tranças!
Roseane Ferreira, Macapá, Amapá, Extremo
Norte do Brasil
Desafio nº 107 - 10 palavras com PLR
Leviandade
A tua demonstração de leviandade está a ser convincente!
Que descaramento!
Tenho uma sensação de nostalgia de quando eras sensata, tinhas um brilho
singular, rosto pálido e ingénuo.
Achas que és um deslumbramento?
Podias desfrutar da vida, ter uma postura adequada, ser uma figura
incontornável da nossa sociedade!
Para não te desmotivares segue no encalço de uma madrugada
romântica, deixa-te de desculpas esfarrapadas.
Deixa o sedentarismo age com desportivismo.
Domesticar na penumbra, pensativamente, ardilosamente, rir às gargalhadas.
Cristina Lameiras, 50 Anos, Casal
Cambra
O lápis adormecido
Inesperadamente, o lápis rolou deslizando pelo seu regaço.
Atento, sem que ela visse, apanhou-o e, discretamente, escondeu-o dentro do
sobretudo. Há algum tempo que a observava. A leitura do livro era acompanhada
de pequenas notas. Viu-a pousar o livro enquanto procurava o lápis.
Precipitadamente, ela entrou no autocarro que acabara de chegar. Não podia
perdê-lo. Não tinha outro transporte. Anos mais tarde, o destino juntou-os. No
primeiro aniversário, ela encontrou o lápis adormecido no seu livro preferido.
Amélia
Meireles, 63 anos, Ponta Delgada
Falta de Material
Eu tinha um lápis único! Ninguém na minha escola tinha um igual. Mas,
certo dia, caiu da minha secretária e rebolou até outra. Quando percebi, deixei
de o ver. Fiquei tão triste!… Nesse mesmo dia, um miúdo viu o
meu lápis e, com alguma inveja, ficou com ele. Passaram dias… Devido
às faltas de material, pedi um emprestado… e não é que foi o meu
que me foi dado??!! Fiquei tão magoado!… Mas feliz por recuperá-lo!
André Ribeiro, 11 anos, Colégio Andrade Corvo, Torres Novas,
prof Maria Nicolau
Desafio RS nº 37 – o lápis caído no chão
Quem sabe?!
Como seria o mundo se todos fossem honestos, sinceros,
solidários e outras coisas mais. Percebo que as pessoas, muitas vezes, só por
ameaça de serem descobertas ou, pela possível sanção, são corretas! Se tivesse
que inventar algo? Fácil! O ser humano seria transparente e todas as suas
atitudes menos boas causariam um efeito colorido no corpo. Os mentirosos
ficariam vermelhos. Os corruptos, laranjas, etc. As pessoas esforçar-se-iam
para serem melhores? Quem sabe?! Pois, mas… e a liberdade?
Desafio Escritiva nº 8 - invenção que muda o mundo
Desafio Escritiva nº 8 - invenção que muda o mundo
Amélia
Meireles, 63 anos, Ponta Delgada
30/05/16
Programa Rádio Miúdos 57 – 30 Maio 2016
Certo dia, um rapaz chamado Manuel pediu à mãe um pássaro, com um sorriso. A mãe, ouvindo o pedido dele, comprou-lho.
Chegaram
à loja e Manuel ficou espantado com tanta variedade de pássaros! Mas houve um
que lhe chamou a atenção: tinha penas cinzentas, bico laranja e era grande.
Levaram-no
para casa. Deixaram-no perto da caldeira, e aquilo pegou fogo. Manuel chegou a casa, e viu que
só sobrava uma pena do pássaro. Ele ficou muito
triste!
Tiago Pereira, 6ºC, Escola Dr. Costa Matos,
Gaia, prof Cristina Félix
Desafio nº 1
– palavras impostas: pena, sorriso, fogo
Programa Rádio Sim 764 – 30 Maio 2016
Vera Viegas na maratona de Londres
Londres, 24 de Abril de 2016 – Minha primeira Maratona:
– Dorsal colado
– Ténis apertados
– Chip nos atacadores
– Vaselina por todo o corpo
– Géis e barritas q.b.
– Amigos e Família PRESENTES em corpo e/ou espírito
– Temperatura ótima
– Medo e Coragem em percentagem igual.
Partida – Adrenalina no auge.
Primeiros 25 km “passam a correr”. Que ambiente!!!
Depois uma mistura de:
– Felicidade
– Cansaço
– Dúvidas
– Emoção
– Mente a comandar o corpo
– Êxtase
Meta: 42 km: I
did it! Superação! Que sensação indescritível!
Vera Viegas, 32 anos,
Penela da Beira
Desafio Escritiva nº 7 – as listas
Vencedor
! – ordenou Policarpo, a partir da poltrona.
As pálpebras tremiam-me, ao mesmo tempo que o seu palavreado predileto preenchia o ar, achincalhando-me,
impedindo-me de pleitear. Sentia-me como se estivesse no pelourinho, sob o olhar
penetrante do julgamento.
«Desta vez, não vou ouvir calado», pensava, porém a boca permanecia fechada.
Quando, por fim, se calou, encolhi os ombros, soltei um palavrão e atirei com a porta. Palavras para quê? Estendi-me à sombra da palmeira e, sentindo-me vencedor, sorri.
«Desta vez, não vou ouvir calado», pensava, porém a boca permanecia fechada.
Quando, por fim, se calou, encolhi os ombros, soltei um palavrão e atirei com a porta. Palavras para quê? Estendi-me à sombra da palmeira e, sentindo-me vencedor, sorri.
Quita Miguel, 56 anos, Cascais
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Desafio nº 107 - 10 palavras com PLR
Emoções positivas
Na estrada da fé, quebrantada pela experiência, repleta de amor.
Emoções positivas, afeto de um abraço, expansão
das palavras.
Contemplar silêncios
era flor que respirava esperança.
Nobreza, esplendor que
mostrava maturidade.
Humildade, vestida de plural coragem.
Na plataforma dos
sonhos, não eram suplantados.
Planejaram tornam
o agradecer mais fácil do que reclamar.
Nem a agressão irá aplaudir a
tristeza.
Outrossim, os sonhos voam rápido, vão na frente do plenário.
Simplórios, tornam-se o quádruplo do que fora planejado.
Renata Diniz, 40 anos - Itaúna/Brasil
Desafio nº 107 - 10 palavras com PLR
A Borracha Cor-de-Rosa
A menina andava na escola como tantas outras, não todas, que o mundo é
ingrato.
Sorria pouco. Era baixa. Troçavam dela.
Certo dia, foi proposto à classe a feitura duma redacção sobre uma ideia
que modificasse o mundo. A menina pensou: uma borracha cor do amor
que apagasse, à nascença, todas as maldades.
Lida a sua história, a assembleia rendeu-se.
A menina, feliz, cresceu dentro e fora dela. Agora já era alta!
A borracha cor-de-rosa a cumprir-se...
Elisabeth Oliveira
Janeiro, 71 anos, Lisboa
A invenção
Cansada de tanta sujidade, meti-me no laboratório. Entre pipetas e tubos de
ensaio mexia-me com destreza e rapidez.
Em três dias, ali estava ele. O spray anti-nódoas. As más línguas dizem que já
foi inventado. Enganam-se, este é especial.
Serve para tudo. Tecidos, fogões, paredes... Basta pulverizar quando o artigo está limpo e nunca mais vai ter de o esfregar.
Testado o produto, meteu-se à venda.
Mas apareceu um problema, não anotei o que usei para o produzir!
Serve para tudo. Tecidos, fogões, paredes... Basta pulverizar quando o artigo está limpo e nunca mais vai ter de o esfregar.
Testado o produto, meteu-se à venda.
Mas apareceu um problema, não anotei o que usei para o produzir!
Carla Silva, 42 anos, Barbacena,
Elvas
Desafio nº 107
Vamos lá brincar com as letras.
Descubram muitas palavras que
contenham as letras PLR.
É bom serem muitas, para depois termos mais hipóteses...
Agora, vamos escolher 10 e escrever um texto
com 77 palavras!
Eu escolhi estas e escrevi assim:
Poderia ser uma palestra interessante, com palavras inspiradoras, mas o palerma não prestava. Do pelouro da cultura e uma pérola do absurdo?! Eu já estava a planear atirar-lhe algo à cara, mas o relâmpago assustou-me. As paredes
tremeram, a plateia também, num alvoroço plural
engraçado. Ele já não continuou. Veio o das finanças. Ainda pior! As tolices
brotavam da sua boca como réplicas
quase perfeitas do outro. Que repulsa
senti! Agarrei na pasta e abandonei o congresso.
Margarida Fonseca Santos, 55 anos, Lisboa
Desafio nº 107 - 10 palavras com PLREXEMPLOS
28/05/16
Só eu sabia porquê
Uma vez, na escola, sem querer, deixei cair o lápis ao
chão da sala.
Rapidamente, alguém o apanhou.
Fiquei aflito, corado, só eu sabia porquê.
O tempo passou…
Cresci, fiquei adulto, casei. Na noite
de núpcias, a minha noiva, sorrindo, mostrou-me algo que reconheci imediatamente: aquele
lápis!... Rolei-o entre os dedos até encontrar uma pequena frase dizendo:
"Rafael ama Joana". Rafael sou eu. Joana é a minha noiva que, já em
tempos de escola, eu tanto amava.
Domingos Correia, 58 anos, Amarante
Desafio RS nº 37 – o lápis caído no chão
27/05/16
Programa Rádio Sim 763 – 27 Maio 2016
Enquanto pais...
Enquanto pais, na correria do dia-a-dia, nem sempre temos tempo para construir memórias. Construir memórias daquelas que ficam intrinsecamente marcadas e que o tempo não consegue apagar. Não consegue apagar o cheiro do café com leite que a nossa mãe fazia para o lanche no regresso da escola. No regresso da escola aquele abraço que nos acolhia e confortava. Acolhia e confortava uma outra realidade que agora, enquanto pais, importa recuperar e ter tempo para construir memórias.
Luís Miguel Reis, 43 anos, Cascais.
Desafio nº 63
– fim de cada frase é igual ao início da próxima…
A professora de História
A História que estudei,
Com fama de maçadora,
Tornava-se um encanto
Com a minha professora!
Era uma narradora,
Como eu gostava de ser…
E «bebia», sonhadora,
Essa História a valer!
Também quis ter esse jeito,
Empolgar a audiência,
Mas fiquei com o direito
De ter gosto na ciência!
Somos sempre diferentes
A contar factos reais,
Nem usando as mesmas lentes
Vemos as coisas iguais!
Essa minha professora
Coloriu a aguarela...
Da «História maçadora»
Pintou sonhos numa tela!
Maria do Céu
Ferreira, 60 anos, Amarante
Desafio nº 2
– “Sempre quis ser uma história”, palavras obrigatórias por ordem inversa
Damascos
Deliciosos
eram os damascos, que pareciam querer dançar com as dálias, que enfeitavam a
mesa metalizada, oval, não oculta, onde nela reluziam como rosas viçosas parecendo que nos saudavam e assim nos seduziam, eram sedosos, um sonho sonhado.
Timidamente toquei-lhes e ternamente, comi alguns, pude verificar que eram muito tenros.
Tempos houve em que trepava ao damasqueiro para colher estes esplêndidos frutos que nos faziam crescer água na boca, tão bons, que me tentaram, e comi tantos.
mesa metalizada, oval, não oculta, onde nela reluziam como rosas viçosas parecendo que nos saudavam e assim nos seduziam, eram sedosos, um sonho sonhado.
Timidamente toquei-lhes e ternamente, comi alguns, pude verificar que eram muito tenros.
Tempos houve em que trepava ao damasqueiro para colher estes esplêndidos frutos que nos faziam crescer água na boca, tão bons, que me tentaram, e comi tantos.
Maria Silvéria dos Mártires, 69 anos, Lisboa
Desafio nº 16 –
uma palavra que define todo o texto
26/05/16
Programa Rádio Sim 762 – 26 Maio 2016
O sonho que é a Vida dos srs. Espanto
O srs. Espanto são crianças eternas. Uma certa ingenuidade nunca lhes falta.
Habitam sonhos acordados sem telhados. Desejam
que sol, chuva, folhas secas, bichos voadores lhes entrem p’la casa adentro.
Vivem sempre com um olho aberto mesmo com o outro fechado.
Nada lhes escapa nas cores e nos movimentos das paisagens.
Suas lágrimas são resolução de medos.
Os srs. Espanto alimentam-se de criatividade e reutilização de (des)llusões
Nós, Espantados, somos espantalhos de pessimismos e abraçamos a procrastinação.
Vivem sempre com um olho aberto mesmo com o outro fechado.
Nada lhes escapa nas cores e nos movimentos das paisagens.
Suas lágrimas são resolução de medos.
Os srs. Espanto alimentam-se de criatividade e reutilização de (des)llusões
Nós, Espantados, somos espantalhos de pessimismos e abraçamos a procrastinação.
Rita Caré, 39 anos, Carcavelos
Desafio RS nº
34 – frase de Mia Couto
A boa memória
Esta história tem uma muito boa memória.
Numa bela tarde de Verão, estava uma menina sentada a desenhar com o seu
lápis favorito, o qual foi oferecido pelo pai. A menina, distraída,
deixou cair o lápis que rebolou pelo passeio e, sem reparar, foi-se embora. Um
rapaz, que gostava dela, passara por ali, guardando a esperança de o poder
devolver. Passaram-se, entretanto, vinte anos. Encontraram-se novamente.
Devolveu-lhe o lápis e apaixonaram-se.
Esta memória transformou-se numa bela história.
Miguel Clemente, 12 anos, e Rúben Shan, 13 anos, Colégio
Andrade Corvo, Torres Novas, prof Maria Nicolau
Desafio RS nº 37 – o lápis caído no chão
25/05/16
Programa Rádio Miúdos 56 – 25 Maio 2016
É a rádio mais fantástica que há!
Aventura brilhante
Benasque um vale tranquilo, bestial a olhar a branca neve de Cerler.
Aventura brilhante
Benasque um vale tranquilo, bestial a olhar a branca neve de Cerler.
Brincadeiras a esquiar com bastões e esquis a baralhar e atrapalhar. Uma boa
e nova experiência!
Bateu o frio gelado bem no nariz arrepiado.
Bonecos de neve fiz brincando com os amigos. Bolas de neve voaram batendo na cabeça e barriga do mais distraído.
Bateu o corpo na branca neve e doeu bastante, mas a adrenalina bateu
no coração a bombear.
Viva a aventura brilhante!
Matilde Rodrigues, 11
anos, Torres Vedras
Desafio RS nº21
– de 3 em 3 plvrs 1 começada em B
24/05/16
Programa Rádio Miúdos 55 – 24 Maio 2016
É a rádio mais fantástica que há!
O fogo!
Era uma vez uma família de homens das cavernas que vivia com diversos problemas na sua caverna. Era muito fria e escura. Todos tinham pena deles.
O fogo!
Era uma vez uma família de homens das cavernas que vivia com diversos problemas na sua caverna. Era muito fria e escura. Todos tinham pena deles.
Um dia
fartou-se disso e ao ver os vizinhos sem problemas, espiou-os mas eles
descobriram logo e frustrados descarregaram uns paus à porta da caverna.
De
repente, viu-se uma labareda enorme: eles tinham descoberto o fogo! O que facilitou muito as suas vidas e ficaram todos
com um sorriso na cara.
Alberto Ramos, 6ºC, Escola Dr. Costa Matos,
Gaia, prof Cristina Félix
Desafio nº 1
– palavras impostas: pena, sorriso, fogo
Máquina da Paz
Sonhar é fácil. Mas quase sempre temos sonhos
impossíveis. Tive um Pai sonhador. Sonhava com África. Dizia que seria lá
a nossa casa quando houvesse guerra por aqui. Afinal tudo não passou de um
sonho desfeito. Agora a guerra é lá, é cá, é para onde o vento a levar.
O que eu gostaria, se fosse um inventor, seria de fabricar a Máquina da
Paz. Para que nós todos pudéssemos chamar Casa a qualquer lugar do Mundo!
Isabel Lopo, 70 anos, Lisboa
Desafio RS nº 37 – o lápis caído no chão
Um pouco de ti
Escrevi-me entre uma palavra e outra, como se
escrever-me pudesse salvar a minha alma daquelas palavras que já não diziam
nada. No pensamento o dia de ontem, com o seu nevoeiro e a sua solidão que
tanto se arrasta, mas por que tanto ansiava. Escrevi-me, como se escrever-me
pudesse salvar-me de mim própria naquele fim de mundo e como se, ao reler
aquelas palavras pudesse ler também um pouco de ti. Foi por isso que me escrevi.
Anabela Risso, 24 anos,
Évora
Desafio nº 100
– «e foi por isso que me escrevi»
Programa Rádio Sim 761 – 24 Maio 2016
menos. Quatro letrinhas apenas,
a rir.
Podem sentir, sorrir, dormir.
O bibe da Sara é rosa
botões soltos redondinhos
doce flor ao sol,
Quando passeio neste recreio.
Já sei ler
Escrever, também contar, saltar quando brincar
Só não sei
desenhar nuvens brancas.
Já sei o A o B até o Z
Zumbido, postigo, formigo, lagarto pintado.
Olha bem para mim mãe.
Oiço a tua voz que me toca
Quanto encanto, entoando solene neste coração.
Alda Gonçalves, Porto, 48 anos
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