31/08/16

Programa Rádio Miúdos 96 – 31 agosto 2016

Esta foi a história que lemos na Rádio Miúdos neste dia!
É a rádio mais fantástica que há!

Eu, palerma!
Em casa do Manuel fiz um furo numa porta (não tenho juízo!) e estraguei-lhe a maçaneta. Foi um problema! A mãe dele massacrou-nos e nós a rir… Jogámos xadrez e parti a cabeça do bispo. No jardim, quebrei o vidro da vizinha com o peso de uma pedra que mandei. Era pesadíssima!… O meu dedo ficou torcido! Fui ao médico. Ele deu-me o conteúdo dum xarope e eu, palerma, entornei-o para cima do livro que estava escondido!
Leonor Terré, 6º A, Torres Novas, prof. Maria Nicolau
Desafio RS nº 31 – 14 palavras com ordem imposta

Ou eu ou ele

Caminhava por entre o cinzento e o verde com a rosa junto ao peito e os espinhos cravados nas mãos. O coração batia sempre tão acelerado que mais parecia um martelo pneumático.
Era lá, junto à lápide, sempre tão bem tratada, que encontrava o meu refúgio. Não vislumbrava problema, não via que, aos poucos, também o meu corpo ia ficando desmembrado.
Aquela frase resgatou-me do abismo: “Ou eu ou ele.” Esta foi a solução para o Amor.
Mireille Amaral, 41 anos, Gondomar

Desafio nº 110 – 8 palavras obrigatórias

O refúgio

Rosa teve um núcleo familiar desmembrado, a mãe cedo abandonou o lar.
Ficou com o pai, carpinteiro que cedo pegava no martelo para que nada lhe faltasse.
Tudo fazia crer que o problema familiar seria um espinho na vida da menina, mas muito novinha começou a gostar de ler e escrever, nos livros procurava solução para tudo, a escrita foi o seu refúgio.
O pai viveu com ela até ao fim sendo sempre tratado com muito carinho.
Natália Fera, 59 anos, Moita 

Desafio nº 110 – 8 palavras obrigatórias

A tempestade

A tempestade ergueu-se, malquista, parindo o susto. Avançou tenebrosa em morosa, plúmbea, ostentação sonora. As telhas escorregaram molhadas, por ordem, silenciosamente. Aranhas, teias, escadas, mangueiras, perigosamente, oscilaram suspensas. A tenra erva murchou perplexa, oliveiras sufocaram.
A tutinegra encharcada manifestou, piando, obcecado sacudir. Aterrorizada, tentou ensaiar motivos para o salto. Abalançou-se tremendo, esticou-se, movimentou penas, olhou, soltou-se.
Acordou tonta, estendida, machucada por outros solos. Alegrou-se, tinha escapado! Maravilhou-se por ousar superar-se. A tormenta esvaiu-se, marchando para outros sossegos.
Isabel Sousa, 64 anos, Lisboa.

Desafio nº 104 – letras obrigatórias: A T E M P O S

Sem sonhos

Viu-o pegar no MARTELO, adivinhou o que ia acontecer ao seu REFÚGIO.
Lugar favorito de ROSA, onde lia, sonhava, como todas as adolescentes.
Onde tentava arrancar o ESPINHO de um amor não correspondido.
Ali ninguém a via, ninguém ousava julgá-la, porque ninguém a compreendia,
e morria de medo de não ser amada.
Hoje, de cabeça esbranquiçada, e coração bem TRATADO,
mas sem SOLUÇÃO para o PROBLEMA.
Será um dia amada?
Porque os seus sonhos foram também DESMENBRADOS.
Natalina Marques, 57, anos, Palmela

Desafio nº 110 – 8 palavras obrigatórias

Espinhos

Pedro parecia haver nascido para criar, ter, trazer problemas.
A cada um, esperava que por ele achassem a solução.
Buscava nessa hora, a família como refúgio, mas impunha suas vontades como se um martelo batesse!  Não havia humildade. Não pedia, exigia!
A vida da família não estava nada rosa e os espinhos pareciam a cada retirado, novos outros a surgir.
Ou Pedro aceitava ser tratado por médicos especialistas, ou da família cada vez mais seria desmembrado. Triste!
Chica, 67 anos, Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil
Desafio nº 110 – 8 palavras obrigatórias

Programa Rádio Sim 831 – 31 Agosto 2016

o programa em podcast na Rádio Sim

O Namorado Jornalista
Pérola e Priscila arte apreciavam.
Em uma das suas visitas ao Museu por 
temporal foram surpreendidas.
Relâmpagos e trovões sem palavras as fizeram ficar...
Ao sair, a água já a escadaria cobria...
Para o táxi fizeram sinal.
O 
palerma do motorista numa poça parou.
O sapato encharcado ficou.
Isto para a saúde seria 
prejudicial.
Priscila escorregou, pareceu 
"planar"
O seu nariz esfolado ficou...
Seu namorado  jornalista
Queda no jornal fez 
publicar.
Priscila enorme 
repulsa por ele sentiu.
Verena Niederberger, 65 anos, Rio de Janeiro
, Brasil
Desafio nº 107 - 10 palavras com PLR

30/08/16

Programa Rádio Sim 830 – 30 Agosto 2016

o programa em podcast na Rádio Sim

A Fuga
O lápis apressado atirou-se ao chão. Com medo que descobrissem o seu paradeiro. Deu mais três voltas, com esperança que o chão o amparasse e o levasse ao seu destino. Já estava cansado de a cada dia ficar mais e mais pequeno e ainda lhe mordiam o rabo. Ainda ontem era jovem, alto, trabalhador e super atraente. Já tinha decidido que iria fugir dali, e um dia voltaria, para se vingar do seu arqui-inimigo (o afia lápis). 
Denise Lima, 24 anos, Santiago, Cabo Verde, Inst. Jean Piaget, prof Maria Teresa Cardoso
Desafio RS nº 37 – o lápis caído no chão

Aprendi

Aprendi com meu pai, que todo problema tem pelo menos uma solução clássica e honrosaQue nesta longa jornada da vida não devo ser martelo tão pouco espinho encravado no coração das pessoas que amamos. Aprendi que Deus sempre será o único refugio que o pobre pode buscar, já que pela sociedade se sente desmembrado. Aprendi que todo e qualquer relacionamento, quando bem tratado pela cumplicidade deixa tudo suavemente perfumado como um botão de rosa numa jarra.
Toninhobira (António Tomaz dos Reis), ​60 anos, Salvador Bahia​, Brasil

Desafio nº 110 – 8 palavras obrigatórias

A Menina Que Venceu o Sonho

As escarpas anunciavam-se dominadoras. Vale, Rio e Aldeia eram-lhe submissos, e a vida fluía sem sobressaltos.  Mariazinha é que na garridice dos doze anos, fermentava ideias que não cabiam na aldeia.  Solenemente escreveu:
– Hei-de ir ao outro lado do mundo. E alguém me esperará.
O recado involucrado numa garrafa, fez-se ao rio.  Mas o rio era preguiçoso e a mensagem só chegou doze anos depois. Foi Mariazinha quem a apanhou com a ajuda de quem a esperava.
Elisabeth Oliveira Janeiro, 71 anos, Lisboa

Desafio Escritiva nº 11 – mensagem na garrafa

Roseiral

O meu tio comia pipocas como se não houvesse amanhã. Escondia-se no refúgio, no meio das rosas, apesar dos espinhos, e saciava-se. 
O problema foi que, naquele dia, uma pipoca se lhe atravessou no gorgomilo e a solução foi carregá-lo para o hospital. E se ele era pesado, quando se debatia. Foi tratado por um médico jovenzinho, que o fez sofrer. 
Enraivecido e dolorido, chegou a casa, pegou no martelo e o roseiral tornou-se num ser desmembrado.
Quita Miguel, 56 anos, Cascais
Faça aqui o download do livro infantil «O Chapéu-de-chuva às Bolinhas» http://ow.ly/ZtAG0

Desafio nº 110 – 8 palavras obrigatórias

O mar!

A praia é o seu refúgio. É lá que encontra solução para os seus problemas. E hoje em especial que se sente como um animal desmembrado.  Poderia fazer um tratado sobre os espinhos da vida. Em vão. Em todos os jardins há rosas despidas de interesse. Até neste que dizem ser plantado "à beira-mar". As ondas rebentam na areia, fortes, desfazendo-se em espuma branca. Mas o som do martelo continua a ecoar dentro de si. O mar!
Alda Gonçalves, 48 anos, Porto
www.maçãdejunho-mafaldinha.blogspot.pt

Desafio nº 110 – 8 palavras obrigatórias

Meu Amigo!

Para cada problema há sempre uma solução! Ditado velho mas sábio!
Sentada, com as ideias em riste, ali estava Rosa de martelo na mão.
Com a clarividência de quem já tem um plano, olhava o velho cadeirão, outrora refúgio dos seus enredos.
Desmembrado, esfarrapado, tão cabisbaixo! Num rasgo de saudade que lhe causou calafrios, refreou a vontade. “Meu amigo!” Sentiu um espinho cravado no peito.
Desembaraçou as mágoas, desmontou, reformou e cuidou.
Ali estava, tratado! Sentou-se, aconchegou-se... 
Goretti Pina, 54 anos, Odivelas

Desafio nº 110 – 8 palavras obrigatórias

Mister Been

Mister Been seguia no seu bonito mini. Enquanto, fazia a manicure para viajar até à Nigéria. Queria também banhar-se no Nilo e conhecer uma menina egípcia.
Sentia-se menino livre, frenético, como passarinho fora do ninho. Mas, quando consultou o seu bonito GPS, deu-lhe o fanico porque descobriu que era preciso viajar de barco. Been fanicava, ficava em pânico, se andasse de barco. Inimaginável como sempre, pendurou o carro num balão de hélio e lá seguiu todo animado.
Domingos Correia, 58 anos, Amarante

Desafio RS nº 40 – 14 palavras com a sílaba NI

Desafio nº 110

Hoje, dou-vos uma série de palavras impostas, 
sabendo que a ordem pode ser livre (de outra forma, eu já estaria em perigo de vida…).

Quais as palavras?
Pois, aí é que está o problema, são estas:

PROBLEMA    SOLUÇÃO    REFÚGIO
MARTELO    ROSA    ESPINHO
TRATADO    DESMEMBRADO

Experimentem! Eu escrevi assim:
Sentia-se uma rosa desmembrada, sem espinhos. Dantes, parecia um jardim. Não um jardim qualquer, não, um bem tratado, de canteiros organizados e cores suaves. Fora um jardim feliz. Agora, parecia não ter solução. Acumulava memórias e silvas, num problema de daninhas destruidoras. Quando o viu chegar, estava já sem forças. Viu-o pegar num martelo, marcando com uma tabuleta o seu refúgio. Dedicou, então, o resto dos seus dias a reconstruir o jardim feliz que ela sabia ser.
Margarida Fonseca Santos, 55 anos, Lisboa
Desafio nº 110 – 8 palavras obrigatórias
EXEMPLOS
Ouvir este e/ou outros textos aqui:


29/08/16

Programa Rádio Miúdos 95 – 29 agosto 2016

Esta foi a história que lemos na Rádio Miúdos neste dia!

É a rádio mais fantástica que há!

Greve geral
Numa ótima tarde, Valentina tomou chá e foi trabalhar. Quando chegou lá, sentiu uma fome! Pegou um pão, colocou na torradeira. 
E então percebeu... A bela torradeira estava em greve! 
– Mas como isso?, disse Valentina, assustada. – Como vou comer?
Então ela pensou: – O fogão industrial, mas é claro!
Então ela foi. Quando chegou lá, também em greve! Ela tentou tudo. Não houve sucesso!
Chegando em casa, ela pronunciou interiormente: – Funcionem de volta!
Abriu os olhos e acordou.
Karla Cristina, 15 anos, Centro Educacional do Lago, Brasília, Brasil, prof Celina Silva Pereira
Desafio Escritiva nº 2 – greve na cozinha

Ousa...

Relação complicada, a deles. Hábitos enraizados, velhas manias, nenhum dos dois mudava. Ela afogava a raiva no piano (e nos chocolates!); ele lançava a fúria ao mar, na praia em horas desertas. E o mar ripostou. A garrafa chutada pela onda nervosa bateu-lhe nos pés molhados. Lá dentro, um papel. Leu:
“Queres conhecer a felicidade?
Começa por te aperfeiçoares interiormente. Procura dentro de ti. Aprende a encontrar. Sê aquilo que buscas no outro. Cria. Sonha. Ousa mudar.”
Ana Paula Oliveira, 56 anos, S. João da Madeira

Desafio Escritiva nº 11 – mensagem na garrafa

Programa Rádio Sim 829 – 29 Agosto 2016

OIÇA aqui
o programa em podcast na Rádio Sim

Chico...
– Ó doutor! Estou com dor de sentimentos,
Fecho os olhos e vejo-o.
Fecho os ouvidos e ouço-o.
Nem como nem durmo.
Ó doutor! Socorre-me deste vício.
Porque morro de desejo.
Tem enormes olhos meigos,
e quero mexer-lhe com os dedos.
Só um beijo dele e sinto-me feliz.
Sem êxito, o vidro protetor impediu-o.
– Ó doutor! Socorre-me desse esquisito impulso.
E o médico perguntou:
– Quem é esse benzinho irresistível que te perturbou?
– É Chico, o bonobo do zoo.
Theo de Bakkere, 63 anos, Antuérpia, Bélgica
Desafio RS nº 39 – história de amor sem A!

As 77 palavras foram às Palavras Andarilhas!

É verdade! O tema dos micro-contos foi dominante, e as 77 palavras fizeram magia.
Aqui fica a imagem das caixinhas mágicas.
Com textos de:  Isabel ZambujalPatrícia ReisSusana Amorim,Inês Do Carmo, José Jorge Letria, M João Lopo Carvalho, Teresa Meireles, Ana Paula OliveiraIsabel Mendes de AlmeidaAlda Goncalves, Paula Isidoro, Elisabeth Oliveira Janeiro, Clara Lopes, Sandra Évora, Theo de Bakkere, Carla SilvaMaria Amélia Meireles, Paula Coelho Pais

Obrigada, Palavras Andarilhas, foi um prazer estar convosco, como sempre.


A minha alma...

Chico, o ardina, tinha 77 anos, cada um dos quais vividos agarrado à sua sacola inútil.
Quando a roubaram num dia nublado, Chico gritou por socorro com toda a sua voz.
Muitos acudiram, mas a sacola não voltou ao dono.
Chico nunca mais voltou a si.
“Roubaram um bocado da minha alma!”, dizia ao choramingar rua fora.
Choramingou por todos os dias futuros a sua antiga sacola vazia.
“A minha vida ficou vazia agora”, dizia baixinho, saudoso.
Anabela Risso, 24 anos, Évora

Desafio nº 86 – Chico ardina sem E
No velho e amassado papel de pão, um pouco engordurado, escrito com tinta cheia de falhas, dizia assim: "Caso-me amanhã por um amor inexplicável e impossível, amo desde tantas outras vidas o filho da mulher que desposarei. Sei que será um amor impossível, pois que ele ama devotadamente sua esposa. Ainda assim ficarei perto, isso me consola."
Sentada na areia Ana divagava, por que alguém faria isso? Pelo simples prazer de contar?  Para desabafar com um desconhecido?
Roseane Ferreira, Estado do Amapá, Macapá, Extremo Norte do Brasil

Desafio Escritiva nº 11 – mensagem na garrafa

O Colar

Nina tinha a tida certeza que o colar estava no cofre.  As ideias andavam baralhadas, mas um nico de nitente memória resistia.  A irmã teimava, ela desanimava, mas logo manifestava uma grande confiança.  Os seus domínios, os pertences, conhecia-os bem, especialmente aquele bonito adereço.  Não se tratava de ninharias, mas duma magfica peça de estimação.  Procurava, porfiava e nicles, o que a fazia suspeitar da maninha.
Tinha razão, e a menina acabou por surpreendê-la no seu aniversário!!!
Elisabeth Oliveira Janeiro, 71 anos, Lisboa
Desafio RS nº 40 – 14 palavras com a sílaba NI

Projeto Autoria CEF 04 - Brasil

Um desafio que vamos abraçar com muito carinho!

Vejam todo o trabalho feito em Brasília, na Sala de Português.

Aqui fica o link para desvendar este projecto:
http://saladeportugues-cel.blogspot.pt/2016/08/autoria-cef-04-parceria-com-historias.html

28/08/16

77x77 - Isabel Perestrelo

Darling
Fui neta, fui filha, sou mãe, SOU AVÓ.
Darling foi magia pura.
Num segundo saboreei o ter tido Avós e Pais, cuidadores, carinhosos, exigentes e mesmo intransigentes... que alicerçaram parte de mim.
Responsabilidade, ternura, orgulho, impotência, carinho, frustração... São parte do amor incondicional por filhos e netos.
Ouvir que se gosta de um AVÔ pelo que era e nos marcou é Esperança
Ouvir que se gosta ainda mais por ter sido o Darling da AVÓ é magia.

26/08/16

Programa Rádio Miúdos 94 – 26 agosto 2016

Esta foi a história que lemos na Rádio Miúdos neste dia!
É a rádio mais fantástica que há!

Dia de bagunça 
Dia de bagunça – perdi o meu amante das mãos. Naquela bagunça o meu lápis rolou, caiu no chão. Naquela aflição tentei resgatá-lo, mas a meninada não deixou-me encontrá-lo. Foi como se alguém o apanhasse e guardasse. Espero que o ame como eu amei, nos estudos e nos exames. Tempo passou, já me aproximando da vida adulta, quando, transbordando do bolso do meu colega, caiu nas minhas mãos, revelando da escuridão uma alegria que se escondia em mim.
Danielson dos Santos Pinto Fernandes, Santiago, Cabo Verde, Inst. Jean Piaget, prof Maria Teresa Cardoso 
Desafio RS nº 37 – o lápis caído no chão

Programa Rádio Sim 828 – 26 Agosto 2016

o programa em podcast na Rádio Sim

Amigos... 
Aconselho amigo, não feches o postigo, e não é que é mesmo, existem aqueles amigos que sabemos que podemos contar e que sabem sempre dizer aquela palavra, dar aquele que conselho que nos dá força para seguir em frente, mas tambem há aqueles que nos dão conselhos só para nos prejudicar, por isso dizem-nos coisas que não são realmente aquilo que pensam, tapando o sol com a peneira, e assim nos enganam... Amigo disfarçado, inimigo dobrado.
Patrícia Quaresma, 23 anos, Vila Verde de Ficalho 
Desafio nº 90 – com provérbios contraditórios

Tua ausência

Insisto em beber café na mesma pastelaria.
Sento-me e a empregada traz o café com o pastel de nata, costume duma vida!
Vida que durou dez anos, pois foi o tempo que senti que realmente vivia.
Olho a chávena, faz dois anos que partiste e ainda dói ver apenas uma chávena na mesa.
Levanto a vista húmida pelas lágrimas, a pastelaria está cheia, mas o facto de não estares deixa um sentimento de solidão que corrói por dentro.
Carla Silva, 42 anos, Barbacena, Elvas
Desafio nº 109 – solidão no meio de gente

25/08/16

Programa Rádio Sim 827 – 25 Agosto 2016

o programa em podcast na Rádio Sim

Final do campeonato
A noite estava calma e eu, fanática por futebol, assistia à final do campeonato. Já na fase do prolongamento, com a minha equipa a vencer, comecei a planear a celebração. Mas, o palerma do árbitro decidiu expulsar um defesa e só me apeteceu espalmar o idiota. Nesse momento, vi um relâmpago e a eletricidade falhou. Aos apalpões, peguei numa lamparina e acendi-a para descomplicar o caso. Mas, tudo parecia atrapalhar e sentada na poltrona, adormeci mesmo profundamente.
Sara Catarina Almeida Simões, 28 anos, Coimbra
Desafio nº 107 - 10 palavras com PLR

O aniversário

Nicole tinha de preparar o aniversário.
Era para um alpinista com fama de arranjar inimigos!
Pensou numa festa
 animada junto ao Nilo, não o rio, um parque.
Pagaria uma ninharia, o dinheiro revertia para ajuda humanitária
Pensando nisso, e em como ajudaria os outros, ainda que anonimamente, tratou de tudo.
Não se esqueceu de ninguém, e imaginava a cara de espanto dele quando visse no monitor fotografias da juventude.
Só esperava que 
Aniceto não lhe ganhasse animosidade!
Carla Silva, 42 anos, Barbacena, Elvas

Desafio RS nº 40 – 14 palavras com a sílaba NI