30/07/17

Susana Sofia Miranda Santos ― desafio nº 17

O namorado da Carolina enfrenta um problema oncológico bastante grave, os tratamentos parecem não estar a resultar.
A namorada, amigos e familiares têm sofrido muito... é terrível sentir a impotência e desejar ajudar, mas apenas dispor do coração e um ombro amigo.
Então, a Carolina comprou duas passagens de avião para Roma, pois sabe que o namorado sonha conhecer o Vaticano e o Papa.
Ela acredita que, com fé e amor, todos os problemas podem ser ultrapassados.
Susana Sofia Miranda Santos, 38 anos, Porto

Desafio nº 17texto que contém pelo menos uma palavra simétrica

Paula Castanheira ― desafio nº 122

Ainda não acreditava naquela noite!
Tinha aceitado o convite da Ana, para jantar, precisava esquecer estes últimos dias, e agora ali estava ela, na cozinha de um estranho, tentando encontrar o que precisava para preparar um pequeno-almoço digno de um príncipe.
Quando Rui se sentou, encantado pela surpresa, viu Maria a desviar o olhar e a corar, foi então que percebeu, havia um mosquito a boiar no leite!
Puxou-a para o colo, apertou-a nos braços e beijou-a.
Paula Castanheira, 53 anos, Massamá

Desafio nº 122 ― um mosquito no leite

Susana Sofia Miranda Santos ― desafio nº 26

Sempre tiveste arte e engenho para a vida circense.
Mesmo sem a cara pintada, quando te conheci, percepcionei que tinhas veia de comediante - os teus gracejos faziam sorrir todos.
A tua simpatia aproximou-nos, conquistou-me totalmente.
Porém, tive a certeza do teu talento como palhaço quando feriste sentimentos e deitaste fora alguém que esteve sempre contigo, apoiando-te com carinho.
Presentemente, continuas a merecer ovações e aplausos clamorosos, pois sou feliz ao lado de quem me ama verdadeiramente. Obrigado!
Susana Sofia Miranda Santos, 38 anos, Porto

Desafio nº 26 – dedicatória para alguém

Alda Gonçalves ― escritiva nº 22

Apanhado em flagrante...
Não resistia a caderninhos. Tinha imensos. Com pensamentos, com flores, com capas duras, plásticas, com imagens de celebridades, com frases de livros famosos.
Alguns oferecidos, outros comprados em papelarias finas, trazidos das mais diversas viagens.
Mas aquele ali, naquela feira de brique-à-braque era uma tentação. Olhou, folheou, cheirou. Até sentia o perfume da antiga dona. Olhou em volta, parecia ninguém estar a reparar, virou de costas e avançou.
O rapazinho tocou-lhe no braço e disse: — é meu.
Alda Gonçalves, 49 anos, Porto

Escritiva nº 22 ― apanhado em flagrante

Susana Sofia Miranda Santos ― desafio nº 22

Poesia sem música... sem poesia? É impossível, pois são duas realidades indissociáveis.
Quando quero escrever os meus poemas, a criatividade apenas nasce, flui, percorre nas veias se estiver integrada num ambiente calmo, pleno de luminosidade, acolhedor e, em torno de mim existir melodia.
Mas, a música não pode limitar-se à acústica agradável; tem ainda que ser a pátria das palavras criativas.
Já compus várias músicas com inúmeras letras poéticas e o amor por ti sempre as edificou!
Susana Sofia Miranda Santos, 38 anos, Porto

Desafio nº 22 – frase simétrica

Chica ― desafio nº 122

Vingança
Após anos de estudos, a formatura.
Estudos ainda, agora visando concursos. 
Enquanto isso, conseguira emprego num escritório, cujo diretor e dono era pessoa abominável em sua postura arrogante.
Tratava a mim e aos demais como se seus servos fôssemos.
Naquele dia, pediu café com leite, bem quente! Rápido!
Ao servir, vi que um mosquito saltou da térmica e foi junto, afogadinho. Sorri sarcasticamente.
Completei com o café assim mesmo. 
Servi. Pensei:
Ele merecia que fosse uma barata!
Chica, 67 anos Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil
Desafio nº 122 ― um mosquito no leite


Susana Sofia Miranda Santos ― desafio nº 27

Mina; termina; determina; indetermina

O meu tio trabalhou sempre como mineiro numa mina de carvão junto de casa. 
Porém, hoje recebeu a declaração de aposentadoria; a sua carreira profissional termina.
Este facto determina que terá mais disponibilidade para si e seus familiares, menos fadiga, vivendo de forma mais salutar, pois a profissão trouxe-lhe graves danos pulmonares.
A reforma indetermina, todavia, o seu estado de espírito: o tempo livre atenua o cansaço, mas fá-lo sentir o envelhecimento, encarando-se como um fardo social.
Susana Sofia Miranda Santos, 38 anos, Porto

Desafio nº 27 – palavras que crescem (em anagrama)

Alda Gonçalves ― desafio nº 122

O mosquito afogado....
Chegou o momento mais importante como Escanção. Toda a sua técnica de decantar um vinho seria apreciado e premiado. Elogiado pela critica, invejado pelos seus pares, nada o iria impedir de brilhar naquele imponente salão Árabe. 
Abriu a garrafa com a técnica perfeita, aguardou para que o néctar produzido por d. Antónia, resultasse na síntese perfeita entre vinho e mel dos deuses.
Segurou no decanter, verteu o liquido doirado, e... não! Um mosquito sedento atirou-se de cabeça!
Alda Gonçalves, 49 anos, Porto

Desafio nº 122 ― um mosquito no leite

Susana Sofia Miranda Santos ― desafio nº 120

A tempestade passada ocorreu por causas passionais. Reencontrei o meu caminho junto de ti; tornaste-te o meu herói.
Eu pensei que nunca mais acreditaria no amor, mas, graças a ti, não perdi a esperança de conseguir combater os tumultos da existência.
Sei que nos momentos doces estarás comigo e que nas tempestades agrestes também poderei sentir a tua mão enlaçada na minha para me encorajares a encarar os perigos e tormentas.
Obrigado, amor, por seres quem és!
Susana Sofia Miranda Santos, 38 anos, Porto

Desafio nº 120 ― reencontrar o caminho sem V nem F

Desafio nº 122

Partindo desta ideia, que texto vos surge?
Era só um mosquito no leite, mas…
Vá, contem-me lá peripécias de um mosquito afogado, contem.

Eu diverti-me assim:
O lanche decorria sem atropelos. Esmerara-se para receber a futura sogra, fazendo bolos requintados e sanduíches frescas e apetitosas. Escolhera o melhor chá que alguma vez provara, trazido dos Açores. Na mesa, o serviço da avó, lindo e antigo, para impressionar. Tudo perfeito… Contudo, quando lhe pediu um farrapinho de leite, quando o vertia na chávena, um cadáver de mosquito deslizou para o chá. Corou, atrapalhou-se, até descontrair com as gargalhadas da futura sogra. Ia correr bem!
Margarida Fonseca Santos, 56 anos, Lisboa
Desafio nº 122 ― um mosquito no leite
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EXEMPLOS

28/07/17

Mireille Amaral― desafio nº 5

A tua felicidade é um deleite, obrigada!
A vinte e três de setembro do ano vigente lá estarei! Tua vontade é que eu esteja presente neste dia tão especial. Felicidade, sinto, por ir brindar convosco à celebração do vosso amor. É certo que me emocionarei, sou uma romântica incorrigível, sabias disso?
Um vinho, daqueles que tanto aprecias já estará, com certeza, escolhido… Deleite, sentirei, testemunhando o teu casamento com vossos amigos e familiares.
Obrigada, sei que tu e a Rita serão muito, muito felizes!
Mireille Amaral, 42 anos, Gondomar 

Desafio nº 5frase de sete palavras, cada palavra está depois de 10 em 10 palavras

Susana Sofia Miranda Santos ― desafio nº 5

Descrever-te é doloroso como desinventar o amor.
Descrever-te, através de grafia ou via oral, é extremamente complexo.
É impossível depauperar interiormente um ser valioso intelectualmente ― és genial!
Doloroso ― é o adjectivo que melhor caracteriza o teu afastamento.
Como é penoso o tempo que passas longe de mim!
Desinventar as saudades que por ti sinto... é absolutamente irrealizável!
O meu coração abriga por ti sentimentos profundos e verdadeiros.
Amor, descrever-te é tão custoso como deixar de te adorar.
Susana Sofia Miranda Santos, 38 anos, Porto

Desafio nº 5frase de sete palavras, cada palavra está depois de 10 em 10 palavras

Vera Viegas ― desafio nº 121

Caras e coroas
Talvez não saibas que atrás das caras com que  te cruzas diariamente, existem outras caras, outros humores e  outros sorrisos....
Era a mim que calhava sempre ser feliz - insinuavas constantemente. Eu explicava-te: "quem está dentro do convento é que sabe o que lá vai dentro". Contudo, tu não acreditavas.
Aprendeste finalmente como as coisas funcionam quando foste mãe. Soube-o quando abriste aquele sorriso rasgado para a tua filha, após te teres despedido, para sempre, do teu pai.
Vera Viegas, 33 anos, Penela da Beira

Desafio nº 121 – 3 inícios de frase impostos

Susana Sofia Miranda Santos ― desafio nº 107

Eu acreditava que conseguiria combater sempre o amor, que nunca poderia proliferar. Tinha repulsa por amar, que já me fizera sofrer... até que apareceste; senti o coração pulsar dentro do peito.
Sentia-me palerma, por ceder a sentimentalismos repelentes que me complicariam a vida. Eu tinha que ultrapassar dificuldades... tolerar o romantismo seria inútil como dar pérolas a porcos.
Mas, tu venceste as minhas resistências.
As palavras que uso para descrever são plurais, o sentimento é singular. Amo-te!
Susana Sofia Miranda Santos, 38 anos, Porto

Desafio nº 107 ― 10 palavras com PLR

27/07/17

Susana Sofia Miranda Santos - desafio nº 107

Talvez não saibas o quanto te amo, apesar de to ter demonstrado de todas as formas perceptíveis pelos sentidos humanos.
Contudo, tu nem vislumbras a minha pessoa.
Porque é que não consegues valorizar e estimar quem te ama verdadeiramente?
Era a mim que deverias amar!
Não sei se padeces de cegueira absoluta, surdez crónica, carências olfactivas, insensibilidade táctil ou problemas gustativos. Ou, simplesmente, tens o coração congelado e o cérebro petrificado com cimento.
Homens... que espécime complicado.
Susana Sofia Miranda Santos, 38 anos, Porto

Desafio nº 107 ― 10 palavras com PLR

Carla Silva ― escritiva nº 22

Os chocolates desaparecidos
Mais um! Era o quinto numa semana. Não que fosse algo importante, era um simples chocolate. Mas era o MEU chocolate!
Perguntei a todos na residência. Ninguém tinha visto ou comido.
Pois bem. Situações desesperadas requerem medidas desesperadas. Depois do processo realizado esperei o resultado. Que não tardou.
Na manhã seguinte passa por mim um colega a correr.
― Deixem passar… Urgência sanitária.
Deixei-me rir. Finalmente apanhara o devorador dos meus chocolates. Assim aprende a não lhes mexer.
Carla Silva, 43 anos. Barbacena, Elvas

Escritiva nº 22 ― apanhado em flagrante

25/07/17

Domingos Correia ― escritiva nº 22

Tropelias de criança
Depois de uma banhoca no rio, fugidos à doutrina, nada nos sabia tão bem, a nós crianças, como assaltar um pomar… Uma vez, lembramo-nos do pomar do Adrianinho. Lá fomos feitos loucos. Subimos uma macieira e toca a comer… Subitamente, aparece o criado! Alvoroço na macieira, três maçãs acertam em cheio na cabeça do homem! Resultado: ficou zonzo… aproveitamos e fugimos a sete pés… quando o criado se recompôs, já nós estávamos longe a rirmo-nos às gargalhadas…
Domingos Correia, 59 anos, Amarante
Escritiva nº 22 ― apanhado em flagrante


24/07/17

Programas Rádio Sim - semana 24 julho 2017

Todos os programas, sempre com Helena Almeida e Inês Carneiro, 

nas Giras e Discos, podem ouvir-se aqui (ou pelos links que estão em baixo).


Indicativo do programa:








- Música e letra: Margarida Fonseca Santos; 
Arranjos, direcção musical, piano e voz: Francisco Cardoso
- Histórias de Cantar CD - Conta Reconta

Horário na Rádio Sim - 17h45, todos os dias

Quer saber que histórias foram lidas? Vá por aqui:

Susana Sofia Miranda Santos ― desafio nº 13

Hoje, se pudesse, ficaria em casa. É sexta-feira 13, sou supersticiosa, mas tenho de comprar algo elegante para usar no casamento da Joana, pois sou a sua madrinha.
Ela tem de sentir orgulho da melhor amiga!
Depois de procurar em imensas lojas, encontrei uma blusa e saia muito bonitas e não foram nada caras... tive sorte!
Na igreja, a saia prendeu-se na porta e desfez-se completamente. Que vergonha!
Que poderia esperar de uma sexta-feira 13? Era barata!
Susana Sofia Miranda Santos, 38 anos, Porto

Desafio nº 13 – Frase para terminar: Que mais poderia esperar de uma sexta-feira 13? Era barata!

Paula Castanheira ― escritiva nº 22

Aquela semana chuvosa andava a deixá-la irritada, sonhava com dias de luz, calor e mar, mas os seus sonhos só lhe devolviam mais chuva, mais ansiedade, faltavam-lhe as forças para se aguentar firme naquela caminhada e então viu-o e ficou presa naquele homem, seria novo por ali? Ou andaria ela distraída? Caramba que sorriso!
A vizinha do 2º andar apareceu e abraçou-o enquanto a presenteava com um olhar fulminante.
Tinha sido apanhada em flagrante, ele era comprometido!
Paula Castanheira, 53 anos, Massamá

Escritiva nº 22 ― apanhado em flagrante

Susana Sofia Miranda Santos ― desafio nº 4

Sou um bule rachado, sou um avolumar inútil de cacos... é assim que me encaras.
Quebraste o meu coração em mil pedaços, não conseguindo ver os sentimentos belos que abrigava no interior. Mas, eu sei que alguém há-de observá-los.
Os fragmentos serão reciclados, darão origem a vitrais eclesiásticos ou estátuas de cerâmica.
Adeus! Chega de sofrer por ti!
Quando quiseres, podes procurar-me no Museu do Louvre ou na Catedral de Notre-Dame onde estarei exposta.
Eu sou especial!
Susana Sofia Miranda Santos, 38 anos, Porto

Desafio nº 4 – começando a frase “Sou um bule rachado, sou”

Fernando Guerreiro ― escritiva nº 22

Há mais de uma hora que caminhava pelo pinhal e o corpo pedia atenção às necessidades básicas. Em todo aquele tempo não se tinha cruzado com ninguém, só a natureza selvagem o abraçava. Olhou em redor para se certificar que estava sozinho. Não se escutavam nem os pássaros, por isso, decidiu verter águas ali junto a uns arbustos. Mal se tinha aliviado, passou uma rapariga que sorriu cumplicemente. Também ela sabia o que era ser apanhada desprevenida.
Fernando Guerreiro, 41 anos, Odemira
Mais textos aqui – www.microcontos.pt
Escritiva nº 22 ― apanhado em flagrante


Susana Sofia Miranda Santos ― desafio nº 8

A Renata está em casa, desolada, doente com sarampo.
Só pode ler na cama... é aterrador! É tão penoso passar tanto tempo na cama sem ter sono. Parece a morte a entrar lentamente pela porta!
A mãe está sempre com ela para estar certa que permanece, calma, na cama.
Para a semana, a doença cessará, poderá passear e retornar à escola. A Renata estará contente.
O amor de mãe é o poderoso tratamento para todos os males!
Susana Sofia Miranda Santos, 38 anos, Porto

Desafio nº 8 – crise de letras; usar só A E O T R S P L M N D C

22/07/17

Catarina Azevedo Rodrigues ― escritiva nº 22

Tinha uns quinze anos e estava numa daquelas festas com pouca luz e muita música. Pouco adepta do abanar do capacete, encostei-me a um sofá de veludo numa de mirone. Com falta do que fazer, decidi brincar com o veludo do sofá ao qual estava encostada. Entretida com a brincadeira, senti o objeto da minha distração mexer-se. Afinal, o "braço do sofá" era a perna de um senhor que vestia bombazina e que, espantado, me olhava boquiaberto.
Catarina Azevedo Rodrigues, 44 anos, Venda do Pinheiro
Escritiva nº 22 ― apanhado em flagrante

Ana Mafalda― escritiva nº 22

Era uma vez um sem-abrigo. Daqueles que ficaram sós no mundo, sem ninguém.
Dormia na rua ao relento, muitas vezes ao sabor do tempo...
Um dia, viu uma porta aberta mas lá ninguém. Entrou. Livros, tantos livros!
Seus olhos jorraram lágrimas de água feliz e nelas tomou banho como um petiz.
Então, sentiu tamanha tentação: abriu um livro e leu, sentado no chão.
Num ápice ouviu passos
Surgiu uma segurança galante
Ups, tinha sido apanhado em flagrante 
Ana Mafalda, 47 anos, Lisboa
Escritiva nº 22 ― apanhado em flagrante

Susana Sofia Miranda Santos ― desafio nº 38

Tu és um prazer, cego mas tacteável!
Tu és especial!
Pensei que eras um homem vazio, igual aos outros, fechado em si próprio. Estava crente que tive o azar de conhecer alguém que era vaidoso, ptico relativamente às capacidades dos outros, egoísta e machista. Amor, estavas sempre revoltado com os factos.
Não vi a tua beleza pelos olhos, mas sentia-se na alma.
Hoje, aprendeste ao meu lado, a ser uma pessoa mais afável, sendo agradável estar contigo.
Susana Sofia Miranda Santos, 38 anos, Porto 
Desafio nº 38 – partindo de uma frase, utilizar os pares de letras desta para o texto