22/02/18

Margarida Freire ― escritiva 29


A bem dizer ela tinha dois amores. Se lhe perguntassem, não saberia dizer de qual gostava mais. Com o primeiro, sentia-se aconchegada. Feitos um para o outro; nenhum espaço entre ambos, perfeitamente ajustados.
Com o outro, não era bem assim. Uma experiência diferente que nem sempre lhe agradava. Relação aberta, seria isso?  Sentia saudade do sossego de outros tempos. Um dia, abalou.
A Tinta voltou para o Frasco, esqueceu o Tinteiro.
Felizes para Sempre, graças à Esferográfica…
Margarida Freire, 75 anos, Moita
Escritiva nº 29 – história de amor de objetos


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