A bem dizer
ela tinha dois amores. Se lhe perguntassem, não saberia dizer de qual gostava
mais. Com o primeiro, sentia-se aconchegada. Feitos um para o outro; nenhum
espaço entre ambos, perfeitamente ajustados.
Com o outro,
não era bem assim. Uma experiência diferente que nem sempre lhe agradava.
Relação aberta, seria isso? Sentia saudade do sossego de outros
tempos. Um dia, abalou.
A Tinta voltou
para o Frasco, esqueceu o Tinteiro.
Felizes para
Sempre, graças à Esferográfica…
Margarida Freire, 75 anos, Moita
Escritiva nº 29 – história de amor de objetos
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