Acabei de chegar!
http://margaridafonsecasantos.blogspot.pt/2015/02/correntes-descritas-2015-la-estarei.html
28/02/15
27/02/15
Programa Rádio Sim 457 – 27 Fevereiro 2015
OUVIR o programa!
Bianca
Uma menina chamada Bianca, sofria muito de bullying, por ser tão bela. Todos invejavam a beleza. Mas por lhe baterem foi ficando mais birrenta. Ficou muito mais bruta, já não era bondosa. A menina revoltou-se batendo, em toda gente. Os pais de Bianca ficaram preocupados, pois Bianca não era assim. Certo dia, a Bianca ficou farta da batalha que ela enfrentava brutalmente todos os dias. Fugiu apressada para bem longe de casa.
Gabriela Melissa Baptista, 7ºD,
EB2,3 Sophia de Mello Breyner Andresen
Brandoa, Amadora, prof. Margarida Matias
Desafio RS nº21 – de 3 em 3 plvrs 1
começada em B (com um pouquinho de batota...)Amar assim
Na predisposição daquilo que é
correto ou na procura do que é suposto ser, viver e sentir, ela é só mais uma.
Uma criatura deveras real, algo que existe sem se dar a conhecer. Ela é o beijo
que nunca te pertencerá, o abraço que nunca mais apertarás.
E, quando no vácuo daquele mesmo dia disse que te amava, sentiu as palavras atrapalharam-se dentro de um amor que só a ela pertence.
Como é triste amar assim!
E, quando no vácuo daquele mesmo dia disse que te amava, sentiu as palavras atrapalharam-se dentro de um amor que só a ela pertence.
Como é triste amar assim!
Ana Sofia Cruz, 17
anos, Porto
Desafio RS nº
13 – … palavras atrapalharam-se dentro…
O arquitecto
QUINZE – ARQUITECTO – EMBRULHADA –
PASTELARIA – REBALDARIA
Há quinze dias que o arquitecto não comparecia na empresa. Começou a ficar complicado, tentaram por todos os meios encontrá-lo, mas sem sucesso. Estava incontactável. O serviço estava uma embrulhada, não conseguiam seguir à risca. A falta que fazia, era mais que muita, cargo de enorme responsabilidade. Na pastelaria onde era cliente diário e assíduo, estranharam muito a sua ausência. Tentaram saber o porquê do desaparecimento... mas sem resposta. Comentavam:
– Sem o arquitecto, vai ser uma rebaldaria!
Prazeres Sousa, 51 anos, Lisboa
Desafio nº 84
– sílabas de QUINQUILHARIA
Fingimentos
Depois do fim, a vida possui o amargo sabor a
recomeço. Sem saber porquê, para quê, tudo o que conhecemos transforma-se, e se
somos tela em branco ou pintada a sangue não importa. Depois do fim, a ânsia de
encontrar o que perdemos de nós, o que perdemos em nós, o que resta de nós. E,
no fim, cacos, vidros, lágrimas e sorrisos. Fingimentos! E gritámos, e sofremos
e queremos que depois do fim não exista fim.
Ana Sofia Cruz, 17
anos, Porto
De Tudo Um Pouco
Quinzenalmente
Aqui Abelha Ordinário Sapataria
Quinzenalmente, chegava a carrinha do Senhor Antunes com o
que aqui se pretende dar a conhecer. Ao zunir do seu rotativo, a
que habilmente apelidara de abelha, vinha de ordinário uma turba
apressada, esgrimindo forças pelo lugar na fila, centopeia de irrequietas
patas.
- mantas, alguidares, sapataria, ferragens,
livros, doces, salgados...
Ecléctica oferta, ávida procura,
negócio garantido.
Havia porém uma importância
maior. As mercancias eram enriquecidas com algo poético que não estava à venda:
Sonhos!...oferta da casa.
Elisabeth Oliveira Janeiro, 70 anos,
Lisboa
Desafio nº 84
– sílabas de QUINQUILHARIA
Pecado
O pecado esbateu-se contra a mágoa.
Sempre o pior e correto. A manhã sem o possuir. Estranho caminho!
A misera sensação, o passado estilhaçado com a memória, sem o precaver e convencer.
A meta surge: o passo eloquente com a música serena. O pecador emaranhado, caído alucinado. Mas, sem o perdão e com a marca sagrada… O pano esvoaçou, combateu a mágoa sem o penetrar e com a missão sensata o pecado esmoreceu com a morte sua.
A misera sensação, o passado estilhaçado com a memória, sem o precaver e convencer.
A meta surge: o passo eloquente com a música serena. O pecador emaranhado, caído alucinado. Mas, sem o perdão e com a marca sagrada… O pano esvoaçou, combateu a mágoa sem o penetrar e com a missão sensata o pecado esmoreceu com a morte sua.
Ana Sofia Cruz, 17
anos, Porto
Desafio nº 82
– letras impostas por ordem O P E C A M S
Idade é probabilidade
Se “o tempo é relativo e não pode
ser medido exactamente do mesmo modo e em toda a parte”, para que serve a
idade? 36, 66, 99 anos, o que nos dizem? Estatística do corpo
físico. De resto, há quem cresça e morra com os mesmos dogmas, são os que
pararam no tempo. Há quem rejuvenesça de felicidade com o passar da idade. Há
quem se sinta morrer diariamente, mesmo ainda tendo uma vida inteira pela
frente!
Márcia Gomes, 36 anos, Vila Nova de
Famalicão
Tudo o que ela teve
Foste tudo o que ela teve. Salvaste-a no
precipício e envolveste-a como se de uma jóia tua se tratasse. Mas, onde estás?
Onde ela está ou onde ela pensa estar? Em lado nenhum, porque foste dela, sem
ela te querer. E, agora, que ela te quer, embora foste. E, como ela sente, como
ela fecha os olhos, e sem medo deixa as lágrimas cair. Como ela te querer. Como
ela vive no nada em que se transformou.
Ana Sofia Cruz, 17
anos, Porto
Desafio nº 74
– nada em que se transformara
26/02/15
Programa Rádio Sim 456 – 26 Fevereiro 2015
Liberdade e alegria
Um dia de inverno, madrugou. Queria, já não dormia. Que fazer a rolar de lado a lado na enxerga? Olhar o vazio negro? De roldão, jogou o edredom ao fundo, fugiu do ninho e lavou o nariz, e a alma, à malandra; enfiou a malha fofinha e alva e o algodão azul. Meia negra a guardar do frio. Anoraque enfiado e faixa vermelha, a envolver. Já na rua, o aroma da erva húmida inebria-a. Liberdade e alegria.
Rosa
Maria Pocinho dos Santos Alves, 51 anos, Coimbra
Desafio nº 78 –
escrever sem C P S TAcredito
Esta é a história – Manuel Alegre,
livro A terceira rosa
+
O amor vence tudo – Sharon Mcgovern, livro Apavorada
+
O amor vence tudo – Sharon Mcgovern, livro Apavorada
Esta é a história de um amor cruel. Um amor que passa por mim sem me ver,
sem me tocar, sem sequer existir. E, eu cá estou, parada e paralisada no dia em
que me deixaste entregue ao mundo. Eu cá estou sem estar! Vivo por viver, e já
nada faz sentido, apenas aquele punhal que me empurra, dia a dia, contra as
grades. Não sou quem gostava de ser, mas acredito que o amor vence tudo.
Ana Sofia Cruz, 17
anos, Porto
25/02/15
Programa Rádio Sim 455 – 25 Fevereiro 2015
Venho-lhes agradecer pois
ajudaram-me a encontrar o meu amigo Freitas
Vem cá, ó Freitas. Então tu não
sabes que metade do alfabeto anda à tua procura?
Eu bem te disse que as letras não
são para brincadeira. É que elas são tão importantes que fazem rir, e fazem
chorar, e até se zangam, quando não lhe prestamos atenção. Amigo Freitas! Dá cá
um abração, amigo do coração.
Maria Silvéria dos Mártires, 68 anos, Lisboa
Desafio nº 83
– texto sobre imagem de Francisca Torres
S. Miguel - Açores
Polígonos circulares
fechados contornam lagoas, vilarejos, campos e herdades, sempre adornados com
as mais coloridas flores. Muros caiados contrastam com o verde do campo e o
negro da praia. Figuras religiosas coladas às fachadas saúdam os visitantes e, em
todas as aldeias, é a igreja o edifício destacado.
A religiosidade
fervilha na mesma medida que a acção vulcânica. Até já foi visitada pelo santo
Papa!
À do outro lado
chamam-lhe “Pérola”. Porque não, a esta, chamarem-lhe “Pastorisa”?
Márcia Gomes, 36 anos, Vila Nova de Famalicão
Desafio nº 65 – chamavam-lhe Pastorisa
24/02/15
Viver cada dia
Quinhão
– aquinhoar - marulhar - entreteria - aproveitaria
Peço-te um beijo e atenção.
Carinho, afeto, um quinhão.
Sonho amor aquinhoar
E contigo, magia vivenciar.
Trocar saliva, prazer intenso.
Viver cada dia loucamente...
Assim até o fim sorveria,
E o presente entreteria.
Rir de tudo, gargalhar.
Fazer do agora perfeito entregar
Ser leve, e não ser denso
Aproveitaria, infinitamente...
E ao marulhar do amor seguir bailando
Alma infantil, rodar, dançando,
Brincar de abraçar,
Aconchegada ficar,
Dar e receber carinho imenso
E assim olhar a vida intensamente...
Roseane Ferreira, Macapá,
Amapá, Brasil
Desafio nº 84 – sílabas de
QUINQUILHARIA
Surgindo do nada
QUINTO – PESQUISA – PARTILHARIA – ENTENDERIA – PERCORRIA
– É o quinto alerta
que faço. Caminhos inseguros, trilhos incertos.
O alazão é impetuoso, não estás habituada à montada.
Pesquisa os atalhos. Não te aventures.
O alazão é impetuoso, não estás habituada à montada.
Pesquisa os atalhos. Não te aventures.
No teu lugar partilharia o passeio.
Tantos cuidados, tanto amor!
Eu nunca entenderia quanta razão havia nestes conselhos.
Embrenhei-me no silêncio da montanha, no chilrear da passarada e eis-me projetada nas águas do riacho.
Outro alazão percorria os mesmos caminhos. Uns braços fortes receberam-me, uns lindos olhos verdes sorriram. Surgiu outro mundo!
Tantos cuidados, tanto amor!
Eu nunca entenderia quanta razão havia nestes conselhos.
Embrenhei-me no silêncio da montanha, no chilrear da passarada e eis-me projetada nas águas do riacho.
Outro alazão percorria os mesmos caminhos. Uns braços fortes receberam-me, uns lindos olhos verdes sorriram. Surgiu outro mundo!
Programa Rádio Sim 454 – 24 Fevereiro 2015
OUVIR o programa!
Passados que foram os anos, uns consoladores, outros a
esquecer na esquina do tempo, o homem que connosco partilhava o corredor
marmóreo do quarteirão, simples, paciente embora ralhando com os pombos que lhe
sujavam os cartões do descanso, procurava não atrapalhar os residentes. Ouvia
frases de compadecido conselho para ir ao Centro de
Acolhimento, mas só consigo contava e o ofício de
esmoleiro. Outros sítios não queria.
Ombro amigo, só o da vida, que lá ia acontecendo...
Elisabeth
Oliveira Janeiro - Lisboa
A importância da acentuação
Certo dia, no país da
escrita, o Rei Dicionário decidiu eliminar a acentuação. A confusão
instalou-se. As palavras atrapalharam-se dentro do reino,
ganharam duplo sentido, deambularam à solta sem nexo…
Papá deixou de existir
e passou a dizer-se papa. Avó e avô passaram a chamar-se da mesma forma: avo.
Bebé ficou bebe. O que era fácil ficou facil e o difícil ficou dificil.
Mas só quando alguém
chamou dicionario ao Rei ele decidiu revogar a sua lei!
Márcia Gomes, 36 anos, Vila Nova de Famalicão
Desafio RS nº 13 – … palavras atrapalharam-se dentro…
23/02/15
Programa Rádio Sim 453 – 23 Fevereiro 2015
OUVIR o programa!
70 Anos
O pensamento eleva-se caminhando além memórias. Sofrimento.
Ordens. Passos entoando coragem. Auschwitz, mágoa. Sofrimento.
Ouvem-se pelos espaços carruagens abarrotando. Medo, silêncio.
Observam-se prostrados, esqueletos cansados, almas movimentando-se, sangrando.
Oficiais prosaicos espancam crianças, assassinam mulheres submissas.
O piso está contaminado, arames muram, sufocam.
Os prisioneiros emudecem, caem amarrados morrendo subjugados.
Operários passam enigmáticos carregando armas mortíferas. Sufrágio.
O pó esmorece causando aromas memoráveis, sinistros.
Observados, palmilhavam estradas, cadáveres andantes movendo-se silenciosamente.
Obrigada. Portões entreabertos. Caras ansiosas. Milagre. Surpresa!
Rosélia Palminha, 66 anos, Pinhal Novo
Desafio nº 82 –
letras impostas por ordem O P E C A M S
A inspiração
Por
vezes, penso que seria melhor viver na Lua. Nada na Terra me cativa.
As
esperanças e os sentimentos, simplesmente, parecem-me poucos e sem vida. Tudo o
que interessa não existe ou está submerso! Somente a Lua me dá a inspiração
necessária.
Terei
de partir, numa viagem intergaláctica, para que nunca mais me falte inspiração.
Vou levar apenas um lápis, um bloco-notas e a imaginação. Assim, poderei
escrever os contos que quiser!
O
resto fica no passado!
Bruna Gomes,
12 anos, Escola Básica de Arrifana, prof. Ana Paula Oliveira
Uma questão de lama
QUINTA
– AQUILATAR – VASILHA – PERFUMARIA – SUSTENTARIA
Vivia numa quinta que
há muito deixara de ser cultivada mas que ainda possuía uma nascente de água
quente sulfurosa que os seus antepassados diziam ser água milagrosa.
Mandou-a aquilatar e
comprovou que as suas propriedades químicas eram bastante benéficas para a
pele.
Começou, no início com muito
custo, a colocar a lama argilosa da nascente numa vasilha e a
vendê-la na perfumaria. Fez sucesso!
Quem imaginaria que a lama da sua
quinta a sustentaria na vida?
Márcia Gomes, 36
anos, Vila Nova de Famalicão
Desafio nº 84 –
sílabas de QUINQUILHARIA
21/02/15
Dificilmente a satisfaria
QUINTA – AQUILO – EMBRULHADA – ACABARIA – SATISFARIA
A quinta situava-se num monte distante da aldeia. Vivia
só naquele lugar ermo e ventoso. Os amigos haviam ficado para trás. Tudo aquilo lhe
parecia irreal. Como pudera um dia pensar em viver ali? Quando se deslocava à
aldeia no seu velho automóvel todos a olhavam curiosos, principalmente as
crianças, pois ia sempre embrulhada no mesmo xaile escuro. Já nem sabia sorrir. Um
dia acabaria por ir embora. O sonho de viver no campo dificilmente a
satisfaria.
Emília Simões,
63 anos, Mem-Martins, Algueirão
Desafio nº 84 – sílabas de
QUINQUILHARIAMais histórias aqui: http://ailime-sinais.blogspot.
Só no fim ele aparece
Depois do fim da
infância
Ao entrar na
adolescência
Surgiu-me uma pergunta
Que ainda hoje me
atormenta
Amor, onde está?
Li romances e poemas
Em busca de um
padrão
Vi filmes e série na
televisão
Conversei com
conhecidas
Troquei experiências
de vidas
E cheguei à conclusão
Que o amor é como o
firmamento
Não se encontra um
elemento
Encontra-se uma
vastidão
E só quando se olha ao
longe
Se reconhece a
existência
Se sente a sua
presença.
Márcia Gomes, 36 anos, Vila Nova de
Famalicão
Quintina,
Ambrósia, Liquido,
Vermelha, Padaria
Quintina era uma mulher reservada.
Toda tarde passava na padaria para comprar Ambrósia.
Em seguida ia na casa de Dona Odete.
Quintina saia apressada, segurando um garrafa que continha um líquido de cor vermelha.
Quando perguntada sobre o conteúdo da garrafa, ela desconversava.
Semanas depois seu marido veio a falecer e os vizinhos estranharam o sumiço de Quintina.
Ela nunca mais foi vista saindo da casa de Dona Odete.
Afinal, o líquido não se fazia mais necessário...
Toda tarde passava na padaria para comprar Ambrósia.
Em seguida ia na casa de Dona Odete.
Quintina saia apressada, segurando um garrafa que continha um líquido de cor vermelha.
Quando perguntada sobre o conteúdo da garrafa, ela desconversava.
Semanas depois seu marido veio a falecer e os vizinhos estranharam o sumiço de Quintina.
Ela nunca mais foi vista saindo da casa de Dona Odete.
Afinal, o líquido não se fazia mais necessário...
Verena Niederberg, 64 anos, Rio de Janeiro - Brasil
Desafio nº 84 – sílabas de
QUINQUILHARIA
O reitor
O reitor,
vestido a preceito, encaminhou-se para o seu gabinete dias depois
de ter sido eleito. A primeira questão a tratar dizia respeito à
uma seita que deambulava pela universidade de uma forma suspeita.
Iria investigar sem preconceito.
Só pararia quando se sentisse satisfeito. Chamou os alunos para os
questionar.
– Peço desculpa, Exmo
Sr. Reitor, mas, responder, eu não aceito. O que para mim é certo,
para si pode ser mal feito! Se quiser, chame um advogado!
Márcia Gomes, 36 anos, Vila Nova de
Famalicão
Desafio nº 67 – 8 palavras com EIT
Flores novas em mim
Conservar mesquinharias
em meu coração só me causa mágoas e tristezas sem fim.
Quisera eu não ter
nada disso em meu pobre ser!
Sonhar alto e deixar de lado as velharias podres que tiram o tônico da minha essência real...
Eis o sentido verdadeiro que adoraria enaltecesse o meu viver!
Livra-me, Senhor, de toda podridão da minha alma; por caridade eu
Lhe peço nesta abençoada
Quaresma que estou vivendo!
Já agradecendo a Vitória da Sua Bondade Infinita...
Rosélia Bezerra, 60
anos, Rio de Janeiro, Brasil
20/02/15
Programa Rádio Sim 452 – 20 Fevereiro 2015
Outrora pianista experimentada como amava música serena!
Olga, pianista e concertista, amava momentos serenos. Ouvira preparar, encantada, concertos à mãe solista. O pai escutava concentrado a música, silencioso. O prazer era constante, amavam música, sons. Os pais ensinaram-lhe como admirar música sempre.
Olga pensou e começou a música serenamente. Os próprios estudantes calaram-se atentos mal soou o piano e calmos ao menor som, ouviram-na presos, encantados, com árias mozartianas sentidas. Olhavam perplexos e confusos aquela mulher, silenciosamente.
Desafio nº 82 – letras impostas
por ordem O P E C A M S
Sem rumo
QUINTAS – AQUILO – ASELHA – ADORARIA - ENRIQUECIA
Às Quintas-feiras
tinha folga. Passava a semana a sonhar com aquilo. Trabalhava
no duro pois a patroa era exigente. Bastava lascar um copo para lhe chamar aselha ou
mesmo irresponsável.
Ah, como adoraria
sair dali!
À noite lia romances de amor, imaginando
vidas diferentes e amores impossíveis. Um dia partiu sem rumo nem norte, para
não enlouquecer. Perdeu-se-lhe o rasto...
Mais tarde soube-se que casara e
enriquecia. Agora era feliz tal qual como nos romances que lera!
Isabel Lopo, 69
anos, Lisboa
Desafio nº 84 – sílabas de
QUINQUILHARIA
Sob a quincha
Quincha + arquitetava + empalhava + atrairia + charcutaria
Sob a quincha,
Ana Paula empalhava o assento de uma cadeira, enquanto arquitetava como
atrairia o
pequeno Bruno Miguel para a surpresa que lhe preparava.
Esquecida da dor nas mãos, acelerava
os dedos, numa vontade desenfreada de colocar um sorriso no rosto do filho.
Terminada a obra, correu a receber o pagamento e, a caminho de casa, parou em frente da charcutaria. Sob o olhar incrédulo da criança, entrou e disse-lhe:
– Hoje, podes escolher o que quiseres.
Terminada a obra, correu a receber o pagamento e, a caminho de casa, parou em frente da charcutaria. Sob o olhar incrédulo da criança, entrou e disse-lhe:
– Hoje, podes escolher o que quiseres.
Quita Miguel,
55 anos, Cascais
Desafio nº 84
– sílabas de QUINQUILHARIA
O segredo de Quicas
QUINCAS, ESQUISITO, ORELHA,
ENFERMARIA, RECORDARIA
Na pequena aldeia moradores todos se conheciam.
Lá, Quincas, muito esquisito. Sempre com uma orelha bem enrolada, ninguém a podia ver.
Aquilo sempre causava curiosidade, pois perguntado sobre o que tinha acontecido com a orelha, nada respondia!
Certo dia passou mal.
Desacordado, foi levado para uma enfermaria local.
Antes do socorro principal, a atendente tratou de retirar a atadura da orelha.
O que viu?
Em nome da já memória do Quincas, nunca contaria, mas, para sempre recordaria!
Lá, Quincas, muito esquisito. Sempre com uma orelha bem enrolada, ninguém a podia ver.
Aquilo sempre causava curiosidade, pois perguntado sobre o que tinha acontecido com a orelha, nada respondia!
Certo dia passou mal.
Desacordado, foi levado para uma enfermaria local.
Antes do socorro principal, a atendente tratou de retirar a atadura da orelha.
O que viu?
Em nome da já memória do Quincas, nunca contaria, mas, para sempre recordaria!
Chica, 66 anos Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil
http://chicabrincadepoesia.blogspot.com.br/2015/02/o-segredo-de-quincas.html
Desafio nº 84
– sílabas de QUINQUILHARIA
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